quarta-feira, 19 de junho de 2013

Pensamentos manifestantes de meus dias

Sentada em um canto vago, quero morrer
Penso em como seria,
Deitar em um caixão acolchoado e com flores, sem sofrer
Em fim sem sofrimento, como eu gostaria

Manifestos explodem em ruas,
Vejo do alto pontos brilhantes, estrelas cruas,
Podemos continuar?
Aqui, neste mundo, posso ficar?

Já não vejo mais
Futuro? Para mim, tanto faz.
Uma utopia de vida seria
Deitar à sete palmos abaixo de terra fria

Já não mais corro, não mais ando
Porque não continuar chorando?
Porque não consigo, não sei
Minhas lágrimas, talvez, secaram
Eu hei de morrer, ah eu hei

Já não posso mais continuar com esta mentira,
Com esta farsa,
Pergunto se alguém ainda acreditaria
Se eu dissesse que sou feliz e que nada me passa.

Já não me importo em viver,
Em estar, em sentir
Em tocar, ver,
Não mais me importam os pensamentos alheios
Eles só me fazem rir

Com ironia,
Sem alegria
Vejo cães a morrer,
Pessoas, de fome, sofrer

Ando pelas ruas
Pernas passam nuas,
E meu desejo é que um carro qualquer
Ou homem ou mulher
Atinja-me, com balas
Ou com carro me bater...

Sei lá, só quero poder
Em fim morrer
Dormir em um caixão colchoado
E, mesmo que ele fosse chacoalhado
Não acordar,
Pois estaria em paz...

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